Cabula é o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma seita afro-brasileira surgida no final do século XIX, de caráter secreto, sincretizadora de elementos malês, bantos e espíritas.
Cabula é também o nome de um bairro de Salvador que teve origem no quilombo do Cabula, onde negros de origem bakongos e angola praticavam uma dança de caráter ritual, ao ritmo de um toque de percussão religioso, denominada kabula, que deu origem ao nome do bairro. Também o vizinho bairro da Engomadeira possivelmente também teria seu nome relacionado com os cultos afro-brasileiros, sendo derivado da palavra ngoma, um atabaque de uso ritual, tocado com as mãos, no candomblé das nações angola e congo e também em algumas danças folclóricas afro-brasileiras (coco, jongo, bambelô etc.)
A cabula é classificada como candomblé de caboclo, uma modalidade derivada da nação angola que incorporou o culto dos antepassados indígenas e é considerada como precursora da Umbanda. Essa vertente desenvolveu-se principalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
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