ANICETO DE MENEZES E SILVA JÚNIOR, O ANICETO DO IMPÉRIO (1912-1993)

Cantor, compositor, partideiro de improviso e jongueiro. Um dos fundadores da Escola de Samba Império Serrano.


Aniceto de Menezes e Silva Júnior, o Aniceto do Império, nasceu no Estácio (Rio de Janeiro), em 11 de março de 1912. Filho de Aniceto de Menezes e Silva (estofador e ilustrador) e de Crispiana Braga de Menezes da Silva (dona de casa). Com a separação dos pais, Aniceto ficou morando com a mãe, Dona Crispiana, que era entusiasta por carnaval, formou em sua residência a Escola de Samba Capricho do Engenho Novo, da qual Aniceto era diretor de harmonia.

Em torno de 1935, ingressou na Escola de Samba Prazer da Serrinha. Porém sua imersão na vida de sambista iniciou muito antes, no Bloco Mama na Burra e nas escolas Unidos de Rocha Miranda, Na Hora é Que Se Vê, Rainha das Pretas, União do Sampaio e Unidos do Riachuelo.

Juntamente com Silas de Oliveira, Tia Eulália, Mestre Fuleiro, Mano Décio da Viola, dentre outros, ajudou a fundar a Escola de Samba Império Serrano, em 1947, e ganhou o cargo de orador oficial delaa mesma.

Tendo em vista que a vida de sambista, ainda não lhe rendia recursos suficientes para manter-se, exercia a profissão de estivador. Era um dos líderes do Sindicato dos Arrumadores (RJ).

Somente em 1977, aos 65 anos, Aniceto, gravou seu primeiro LP, com o título de “Quem samba fica”, em que interpreta a peça do folclore carioca Dora. Ainda em 1977, gravou com Nilton Campolino, seu companheiro no Império Serrano, o LP “O partido- alto de Aniceto e Campolino”. Um ano depois, ao lado de Luiz Grande, Baiano do Cabral, Nelson Cebola, Arielson da Bahia, Preto Rico e Dedé da Portela, participou do LP "Os bambas do partido- alto". No ano de 1984, lançou, pela gravadora CID, o LP "Partido- alto nota 10", contando com as participações especial de João Nogueira, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus e, Martinho da Vila, dentre outros sambistas de renome.

Aniceto começou a improvisar seus versos em torno dos 16 anos. Em conformidade com estudiosos do samba, sua grande qualidade consistia em improvisar versos de partido-alto. Aniceto era considerado um partideiro imbatível e mentalmente ágil. Inspirado nos pontos de demanda do jongo, desenvolveu um tipo peculiar de partido-alto, até então não praticado. Seu método consistia em diálogo entre o solista e a roda, chamadas e respostas – provocações de quem sabia improvisar com genialidade, elegância e genialidade, e não fugia de um cadenciado duelo verbal.

Como declarou João Nogueira, ilustríssimo cantor e compositor de samba, na capa do LP “Partido- alto nota 10”: “"Aniceto é a memória brilhante, viva e atuante da música popular brasileira”".

No ano de 1988, após ter sido hospitalizado, foi homenageado por vários artistas no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Faleceu no 19 de julho de 1993, no Rio de Janeiro.

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